(continuação)
No mesmo caminho anda Serguei Eisenstein, o grande cineasta soviético, que foi o maior defensor da montagem de atrações. Eisenstein, em seu primeiro filme, tenta pôr em prática sua teoria de que quanto mais detalhes de uma cena forem exibidas, mais real ela se tornará. Esta montagem não é tão bem executada em seu primeiro filme, “Greve”, mas é magistralmente conduzida no segundo, a grande obra-prima do cineasta (e talvez do cinema) soviético: “Encouraçado Potemkin”.
No mesmo caminho anda Serguei Eisenstein, o grande cineasta soviético, que foi o maior defensor da montagem de atrações. Eisenstein, em seu primeiro filme, tenta pôr em prática sua teoria de que quanto mais detalhes de uma cena forem exibidas, mais real ela se tornará. Esta montagem não é tão bem executada em seu primeiro filme, “Greve”, mas é magistralmente conduzida no segundo, a grande obra-prima do cineasta (e talvez do cinema) soviético: “Encouraçado Potemkin”.
A
montagem desenvolvida por Griffith e Einsenstein até hoje podem ser vistas nas
obras cinematográficas. A de Eisenstein em menor escala, tendo maior presença em
cenas de ação. Os blockbusters hollywoodianos utilizam a montagem
eisensteiniana, assim como o clássico mor do cinema nacional “Deus e o Diabo na
Terra do Sol”. No filme de Glauber Rocha, estão presentes as influências da
montagem, não só de Eisenstein, como de Griffith.
Logo
após a revolução provocada por Eisenstein o cinema tem um abalo provocado pelo
advento do cinema falado. Depois do advento do som no cinema, as revoluções
foram diminuindo, se tornando muito mais questões de avanço tecnológico, ou social,
do que uma teoria que viesse a modificar a estética do cinema. Somente em 1941
vem um sopro de renovação com “Cidadão Kane” onde temos a exploração da
profundidade de campo, onde o ator adquire certa liberdade de andar pelo
cenário, e do diretor de filmar mais tempo sem se preocupar com o foco. Este
passo dado por Orson Welles em seu clássico fez com que muitos dos movimentos
cinematográficos vindos em seguida passassem a utilizá-lo, como é o caso do
neorrealismo italiano.
Numa
Itália destruída pela guerra, o desejo de alguns de fazer cinema era imenso que
ultrapassava qualquer dificuldade. Utilizando câmeras desenvolvidas
especialmente para a guerra – pequenas e leves, para filmas as batalhas – os
neorrealistas foram os primeiros a deixar os estúdios e ir para as ruas,
mostrar as histórias onde elas acontecem. Utilizando o método desenvolvido em “Cidadão
Kane”, os neorrealistas podiam fazer enormes percursos pelas paisagens
acidentadas das cidades, e acompanhar de perto a trajetória daqueles
personagens sofridos.
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