(continuação)
Méliès foi um pouco mais além. Foi talvez o primeiro a encontrar no método de edição do filme um grande potencial. Ao se filmar um cenário com um personagem, parar a filmagem, depois filmá-lo vazio, e depois juntar os dois filmes, dará a impressão de que o personagem desapareceu diante de nossos olhos! Foi o recurso mais utilizado por Méliès ao longo de seus mais de quinhentos filmes. Era utilizado sempre para espantar seus espectadores, em meio a seus filmes cheios de efeitos especiais. Foi usado no seu primeiro filme de terror para colocar o diabo aparecendo e desaparecendo para assustar o protagonista do filme, e também em seu grande clássico, adaptado do texto de Júlio Verne “A Viagem à Lua” para mostra a fragilidade dos habitantes da lua.
Méliès foi um pouco mais além. Foi talvez o primeiro a encontrar no método de edição do filme um grande potencial. Ao se filmar um cenário com um personagem, parar a filmagem, depois filmá-lo vazio, e depois juntar os dois filmes, dará a impressão de que o personagem desapareceu diante de nossos olhos! Foi o recurso mais utilizado por Méliès ao longo de seus mais de quinhentos filmes. Era utilizado sempre para espantar seus espectadores, em meio a seus filmes cheios de efeitos especiais. Foi usado no seu primeiro filme de terror para colocar o diabo aparecendo e desaparecendo para assustar o protagonista do filme, e também em seu grande clássico, adaptado do texto de Júlio Verne “A Viagem à Lua” para mostra a fragilidade dos habitantes da lua.
Com
o tempo, o estranhamento passou a se tornar quase uma questão de teoria do
conhecimento. D.W. Griffith, o grande criador da gramática cinematográfica, foi
o responsável pelo desenvolvimento da montagem no cinema. Mas não era algo
simples que os espectadores aceitaram logo de cara. Era complexo. Se em um
plano Griffith apresentava um homem com uma espingarda atirando, e no plano
seguinte um homem com uma expressão de dor e a mão no peito, não seriam todos
os seus espectadores que aceitariam que o primeiro homem deu um tiro no
segundo.
Mas
nem sempre a montagem griffitiana era clara. Na verdade, grande parte das
inovações do cinema sofreu com este processo. Era uma nova descoberta que teria
que ser testada com o tempo. Nesta época (década de 1910), os estúdios
estadunidenses faziam dezenas de filmes por semana. Griffith chegava a filmar,
montar e estrear cerca de vinte a trinta filmes por ano, antes de seus grandes
clássicos e da criação da United Artists. Ele não tinha muito tempo para
conseguir pensar o processo de montagem de um filme da maneira desejada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário