sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sexta Cinematográfica - O Guarani


Este é mais um filme do catálogo do site Porta Curtas. Muito interessante este curta-metragem baiano pois nos trás uma história que parece ficção (e que já foi abordada em alguns filmes como o maravilhoso "Cinema Paradiso"), mas que se trata da mais pura e triste realidade onde nos é mostrada a vida do cinema Guarani, antigo cinema de Salvador-Ba.
Dirigido por: Cláudio Marques e Marília Hughes.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Lançamento do Dia do Documentário


No dia 7 de agosto de 2011 foi lançado o dia nacional do documentário, a data homenageia o cineasta Olney São Paulo que nasceu neste dia. Para fazer a estreia foi exibido o curta-metragem "Manhã Cinzenta" do cineasta baiano.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sexta Cinematográfica: Jardim das Folhas Sagradas de Pola Ribeiro

por: Yves São Paulo


Mais um filme desta produtiva safra baiana, "Jardim das Folhas Sagradas" de Pola Ribeiro (atual diretor do instituto de radiodifusão educativa da Bahia) premiado cineasta do estado que, até onde sei, conseguiu concluir este filme que foi exibido no Los Angeles Brasilian Film Festival deste ano saindo vencedor do prêmio de melhor fotografia.

sábado, 23 de abril de 2011

Sexta Cinematográfica: Tarantino's Mind

por: Yves São Paulo

Mesmo sendo sábado, resolvi postar este filme aqui como parte do projeto que havia há algum tempo começado intitulado Sexta Cinematográfica. Este curta-metragem dirigido por Selton Mello e Seu Jorge é um cult da produção curtametragista atual e nele se discute sobre os filmes do Quentin Tarantino em um bar. Vou parar por aqui para não acabar dando spoilers sobre o filme que segue, que acima de tudo é bastante divertido.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Hollywood, A Meca do Cinema

por: Yves São Paulo

Toda vez que uma geração está prestes a chegar ao fim em Hollywood os veteranos dizem as mesmas coisas, "Hollywood já não é mais a mesma" ou "Hollywood já não tem mais o glamour de outrora", pelo fato de que o cinema tem que se transformar para conseguir atrair as novas gerações.
Esta é uma realidade que existe há tempos, já que no longínquo ano de 1936 o jornalista e escritor Blaise Cendrars escreveu em seu livro "Hollywood a meca do cinema" os comentários de pessoas que trabalhavam nos estúdios falando sobre a "crise de estrelas" e o "brilho" que começava a se apagar. Nesta época os veteranos, que se julgavam e eram julgados como as vozes da razão e da experiência no meio cinematográfico, e estavam apenas começando a fazer um novo tipo de cinema, o falado.
O cinema nunca esteve em crise, pelo menos o de Hollywood não. No mesmo livro Cendrars escreve que o mercado norte americano de cinema lucrou no ano do crash da bolsa em 1929, nada mais nada menos que dois bilhões de dólares! naquela época alcançar tal valor financeiro não era fácil, já que os ingressos custavam algo inferior a um dólar. Hoje o mesmo mercado alcança em média seis bilhões de dólares, com ingressos que custam em torno de 1000% a mais do que naquela época*.
O livro de Blaise Cendrars é uma ótima opção para quem quer conhecer um pouco mais de cinema, já que o cinema da década de 1930 é pouco lembrado, e o livro serve como um registro histórico de quem viu por ter estado lá. Uma curiosidade que aparece na obra é o relato do escritor dos bastidores do ganhador do Oscar "Ziegfeld, O Criador de Estrelas" (Robert Z. Leonard, the great Ziegfeld).


*por isso as estatísticas de filmes que mais lucraram na história do cinema estão erradas, já que se colocarmos filmes como "...E O Vento Levou" e "E.T. o extraterrestre" em uma lista com valores reajustados eles estarão na lista das 10 maiores bilheteria da história.

sábado, 2 de abril de 2011

35 Anos de Taxi Driver

por: Yves São Paulo

22 de março de 1976 chegava aos cinemas brasileiros um dos filmes mais importantes da história da sétima arte, o filme que deixou Martin Scorsese famoso e com o qual ele levou a Palma de Ouro no festival de Cannes, "Taxi Driver".
O filme foi escrito por Paul Schrader alguns anos antes de ser filmado, foi apresentado à outros diretores antes de chegar a mão de Scorsese, mas foi Briam De Palma quem indicou para o escritor quem seria o diretor perfeito para esta produção. E estava certo!
Desde o começo Robert De Niro era a escolha para protagonizar o filme. Ele já havia trabalhado com o diretor anteriormente em "Caminhos Perigosos"(Mean Streets, 1973), mas pelo fato de não ser conhecido pelo grande publico os produtores Michael e Julia Phillips resolveram esperar um pouco para começar a produção, o que foi mais uma escolha certa, pois De Niro havia atuado em "O Poderoso Chefão, parte II" (the godfather part II, Francis Ford Coppola, 1974) com o qual ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante.
Com pouco menos de dois milhões de dólares o filme foi rodado em grande parte perto dos estúdios em Los Angeles, e em alguns pontos em Nova York, para que todos acreditassem que a história se passe na cidade.
O filme conta a história de Travis Bickle, ex-combatente das forças armadas no Vietnam que mora sozinho em Nova York e que não consegue dormir à noite. Ele anda pelas ruas tentando se distrair, andando de metrô, indo a cinemas pornográficos, até que um dia decide ir a uma agência e se tornar um motorista de táxi, e fazer este turismo noturno ganhando dinheiro. Certa noite uma prostituta de doze anos entra em seu carro aparentemente atormentada e querendo fugir de alguma coisa, mas é impedida por alguém que não vemos quem é. Travis vai atrás desta garota e tentar fazê-la sair deste mundo, e é assim que temos um desfecho inesperado e genial.
"Taxi Driver" é mais que um simples filme é um documento que comprova a genialidade de uma geração de cineastas que queriam fazer uma junção de cinema de arte mais altas bilheterias. Este filme obteve um relativo sucesso, apesar de tudo que é considerado politicamente incorreto como prostituição infantil, violência, preconceito racial... Martin Scorsese é um dos poucos diretores que sobraram daquela época, considerada por muitos a ultima era de ouro do cinema, e graças a esta obra de arte ele continua a encantar as platéias nas salas de cinema do mundo todo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

História do Cinema Brasileiro Parte 1 - 1885 - 1915

por: Yves São Paulo

28 de dezembro de 1895, França, data da primeira seção de cinema da história. Em pouco tempo a sétima arte atravessou o Atlântico e desembarcou em terras brasileiras (não se tem certeza quem a trouxe) para que a primeira seção fosse realizada no dia 8 de julho de 1896. O jornais da época festejaram a novidade fazendo com que milhares de pessoas fossem conferir o que tinha de mais novo no Brasil.
Assim o cinema alcançou o sucesso que não viria a alcançar depois de um longo tempo. No inicio apenas as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro possuíam salas de exibição, e seus donos eram os responsáveis pelo conteúdo do que era exibido, ou seja, os primeiros cineastas nacionais eram os donos das salas onde os filmes eram exibidos. Mas logo outras pessoas trataram de entrar no negócio e formaram as primeiras produtoras cinematográficas do país. As películas estrangeiras eram renegadas pelo público que preferia ver o que eram feito
por pessoas da terra.
O Brasil é um dos países que disputa a posição de dono do primeiro longa-metragem filmado com o filme paulista "Os Estranguladores" de 1906. Mas logo o negócio escapuliu por entre os dedos e empresas norte-americanas compraram os cinemas nacionais. Foi o começo da queda do cinema nacional, quando os filmes feitos em Hollywood passaram a ser exibidos nos cinemas no lugar dos filmes nacionais, fazendo com que os espectadores se acostumassem e passassem a renegar o conteúdo nacional. O que se viu depois deste fato (ocorrido em meados de 1915) foi uma batalha dos cineastas locais por um pouco de espaço para conseguir fazer um cinema brasileiro de qualidade.

fonte: introdução ao cinema brasileiro de Alex Viany

domingo, 13 de março de 2011

A Montagem no Cinema Clássico de Hollywood

por: Yves São Paulo

Os filmes produzidos em Hollywood em sua época de ouro possuem algo em comum, a sua
montagem. Que fique claro que o cinema clássico de Hollywood vai até meados de 1965 quando os grandes diretores já não conseguiam emplacar grandes sucessos como em tempos passados*. No cinema clássico as histórias eram, em geral, narradas de forma linear, quando isso não acontecia era pelo fato de a película ser narrada através de flashbacks, como no maravilhoso "Cidadão Kane" de Orson Welles (citizen kane, 1941), onde a história começa com o falecimento de Charles Foster Kane, magnata da indústria jornalística que antes de morrer fala uma palavra que dá inicio à uma correria de repórteres de um jornal cinematográfico para descobrir o que ela significa, desta forma eles vão até personagens que passaram pela vida do empresário e viajamos em suas memórias.
O artifício utilizado por Welles em sua obra prima é, ainda hoje, muito copiada. Junto com "Cidadão Kane" outra obra do cinema clássico hollywoodiano que inovou em sua maneira de montar foi "Crepúsculo dos Deuses" de Billy Wilder (sunset boulebard, 1950), mais um filme onde começamos pelo personagem principal morto, mas desta vez viajamos pelas memórias do
falecido até o ponto em que o encontramos boiando na piscina. Fora isso o filme corre linear, sem mais nenhuma ousadia de seu autor.
A terceira obra a ser citada também tem o seu começo marcada com a morte de seu protagonista, "Lawrence da Arábia" de David Lean (Lawrence of arabia, 1962) onde vemos a sua morte por um acidente de moto e vamos direto para o seu funeral onde os presentes se perguntam quem ele foi, e como se respondesse a pergunta dos personagens o diretor retorna para os fatos acontecidos anteriormente ao acidente de moto.
As três obras tem em comum a morte do personagem no inicio da história, e todos os três filmes se tornaram clássicos. Talvez os dois últimos não tivessem esta estrutura se não fosse pela ousadia do então jovem diretor que resolveu renovar e criar um filme bem diferente da maioria das outras películas que circulavam naqueles tempos. Ainda hoje não é comum encontrar filmes estruturados em uma linha não linear, mas é mais fácil de encontrá-los do que na época em questão.
A facilidade para o espectador que vai ao cinema se divertir é sempre levada em conta, já que uma montagem que não possui a famosa linha começo, meio e fim leva sempre um tempo para ser entendida, já que o autor quer que o espectador fique a discutir o assunto abordado, ou que a película fique viva na mente daquele que assistiu durante um longo tempo.

*ler "Easy Riders, Raging Bulls, como a geração sexo, drogas e rock n roll salvou Hollywood"

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Restauração de Redenção de Roberto Pires

por: Yves São Paulo

Redenção é o grande marco do cinema baiano, já que este é o primeiro longa-metragem feito no estado. Aqui apresento um video que mostra a recente restauração do filme dirigido pelo pioneiro Roberto Pires.




terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Denúncia! Brasil Animado X Os Heróis da Galáxia

por: Yves São Paulo

O primeiro filme brasileiro em 3D não é o "Brasil Animado" que foi lançado nos cinemas recentemente e sim um filme feito no interior da Bahia cujo título é "Heróis da Galáxia". Muitas são as produções pioneiras deste país que caem no esquecimento geral da nação, mas para uma cidade que quase nunca tem um evento como este, na época do lançamento do tal filme muito se comentou, até mesmo na TV local.
O filme é uma animação/documentário sobre o espaço, já que a cidade onde ele foi produzido (Feira de Santana) é uma espécie de
pólo astronômico por sediar o único observatório astronômico do norte e nordeste, além de possuir um dos planetários mais avançados do planeta.
Embora se possa encontrar um pedaço do filme no "youtube" não são muitos os artigos sobre esta produção na internet, sendo que o artigo sobre ela no site "wikipédia" foi retirado por algumas pessoas que não acreditavam na legitimidade do filme.
Posso garantir que o filme existe pois até hoje guardo os óculos que foram entregues para todos aqueles que foram assistir ao filme. A partir dele posso colocar algumas informações como: o filme é do ano de 2005, e os personagens foram registrados pela empresa que produziu o filme a Art & Paint.
Sendo assim, toda a propaganda que está sendo feita a favor do filme "Brasil Animado" colocando-o como primeiro filme 3D do país não é verdade, e talvez não seja por má fé, mas por não conhecer o real pioneiro.